1 – Quais cuidados com a identificação e bagagem da criança?
A criança deve sempre levar alguma identificação pessoal durante os passeios fora da escola e o contato de quem deve ser chamado no caso de eventuais emergências. É interessante também fazer uma lista para não esquecer de colocar nada na mochila: agasalho, lanche saudável e balanceado, além dos acessórios para as atividades previstas, como por exemplo sunga ou maiô para entrar na água. “É importante passar para a escola todas as orientações necessárias sobre a criança: se toma algum medicamento, se sofre de alguma alergia, se precisa de alguma alimentação ou cuidado específico. Os pais também precisam verificar com a escola se há alguma orientação para o passeio, pois às vezes as crianças esquecem de avisar”, diz Andrea Ramal, doutora em educação pela PUC-Rio.
2 – Quantos monitores deve haver no passeio?
Desde um passeio à pé, perto da escola, até uma viagem para dormir fora, é essencial que a escola tenha um número adequado de adultos para monitorar todas as crianças. “A proporção deve ser de um adulto para cada três crianças. Essa relação deve ser respeitada não importando se o grupo de crianças está na faixa dos 5 anos ou dos 14 anos de idade”, afirma Lia Gonsales, Coordenadora de Mobilização da ONG Criança Segura. “Mesmo as crianças mais velhas precisam desse acompanhamento, porque quanto mais velhas, mais independentes elas se sentem. E é necessário supervisão para que não se dispersem e não saiam correndo na rua por exemplo”.
3 – A partir de que idade podem ser feitos passeios?
“A partir de 5 anos as crianças já têm idade para conseguir entender instruções para um passeio”, diz Lia Gonsales, coordenadora de Mobilização da ONG Criança Segura. Antes dessa idade, as crianças só devem sair se o passeio for mais supervisionado e o roteiro bem curto.
4 – Como preparar a criança para uma viagem sem os pais?
“Pernoitar em um local estranho e longe dos pais pode deixar algumas crianças bastante inseguras. Uma possibilidade para iniciar uma adaptação nesse sentido é que um dos pais ou uma das mães do grupo acompanhe a turma, alguém conhecido dos demais colegas”, diz a educadora Andrea Ramal. Mas ela pondera que, em geral, as crianças se adaptam bem quando sentem confiança e segurança no professor que conduz a atividade.
5 – Como não transmitir insegurança à criança?
Não são só as crianças que precisam se preparar para o passeio escolar. Os pais também. “Os pais precisam permitir que a criança cresça”, diz Rita Dalpiaz, professora do curso de pedagogia da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). A educadora Andrea Ramal concorda: “Os pais devem ficar atentos para não passar insegurança à criança. Mostrar que confiam nela e na escola. E mostrar que estão felizes por essa oportunidade que a criança terá de ganhar novas experiências e mais autonomia, mostrando que esperam o retorno dela com muito carinho”.
Fonte: Educar para crescer
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