Sunlong Bus deve iniciar vendas para o mercado brasileiro no primeiro semestre deste ano
Primeiro foi com os carros e depois com os caminhões. A entrada dos chineses no vasto mercado de ônibus no Brasil, um dos maiores do mundo, era apontada como uma “questão de tempo”.
Os holofotes estão para a BYD – Build Your Dreams que já testa ônibus elétricos puros, que dependem apensas de baterias para funcionar, e pretende neste ano construir uma planta no interior de São Paulo.
Mas outra chinesa anunciou investimentos no Brasil. A Sunlong Bus – Shanghai Shenlong Bus Co., Ltd.
A empresa, que possui um sócio brasileiro, Mauri Moreira de Oliveira, vai importar já neste primeiro semestre ônibus da China para o Brasil.
O centro de distribuição será em Juiz de Fora, Minas Gerais. A instalação da unidade de 80 mil metros quadrados já foi acertada com o município e com o governo estadual. Os investimentos para o incido das operações vão ser em torno de US$ 15 milhões.
A entrada no mercado brasileiro ocorreu depois de três anos de negociações com a matriz na China e segundo Mauri, ao “Automotive Bussines” serão importados ônibus completos. Já há interessados na compra de 18 unidades.
Os modelos ainda precisam ser homologados para o mercado brasileiro.
Todos os ônibus terão de série suspensão a ar, ar condicionado e os obrigatórios freios ABS.
Os modelos urbanos terão 12 metros de comprimento e os rodoviários de 9 a 12 metros. Inicialmente serão ônibus movidos a diesel, já de acordo com as normas internacionais de restrição a poluição Euro V, seguidas pelo Brasil, mas a empresa diz que possui tecnologia para fazer ônibus híbridos e a células de combustível – hidrogênio e deve entrar no mercado com estes modelos numa segunda etapa de negócios.
Os ônibus importados abrem caminho para o setor financeiro da China. Por não terem fabricação nacional, não podem ser financiados pela linha Finame com recursos do BNDES. Mas um banco chinês promete entrar no negócio para deixar taxas de juros e prazos atrativos.
Depois de dois anos, a empresa pode começar a fabricar no Brasil.
À repórter Giovanna Riato, Mauri disse que os clientes da Busscar fazem parte da estratégia da empresa chinesa:
“Estamos focando no nicho que era atendido pela Busscar”, conta Oliveira, referindo-se à encarroçadora catarinense que faliu em 2012. “O mercado brasileiro tem espaço para todo mundo e queremos complementar a oferta de produtos.”
Fonte: Blog do Ponto de Ônibus – Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes