Confortáveis, rápidos e com características de veículos rodoviários, as linhas de ônibus fretados tiveram uma expansão considerável desde a última década, chegando ao atual crescimento de 10% ao ano, segundo a Federação dos Usuários de Ônibus Fretados de São Paulo (Freta-SP). Com uma taxa mensal, que em São Paulo pode variar de R$ 150,00 a R$ 400,00, os passageiros fazem grandes deslocamentos da residência ao trabalho ou à universidade fugindo do caos do trânsito.
A velocidade média dos fretados é maior do que os coletivos públicos, pois realizam poucas paradas. Embora alguns trajetos durem mais de 2h, a opção de não encarar mais o ´mar´ de carros, baldeações de ônibus-metrô e o empurra-empurra das estações, deixa para os passageiros ocupações menos árduas como ver um filme, dormir, ouvir música ou conversar com o vizinho do assento. Além de viajar sentado e com ar condicionado, no fim do trajeto, eles têm um ânimo revigorado para uma jornada de trabalho ou mesmo para o descanso em casa.
O analista de sistema Juarez de Sousa, 28 anos, optou por esse tipo de transporte para evitar enfrentar o caos no trânsito. Com a residência em Santos, sobe a serra diariamente. “Antigamente, só com pedágio, gasolina e estacionamento, gastava em torno de R$ 700,00, sem contar o nervosismo com os congestionamentos. Hoje, com R$ 370,00 chego ao trabalho”.
De acordo com uma pesquisa de satisfação do Metrô paulista, em 2007, os ônibus fretados tinham 95% de aprovação por parte dos usuários, perdendo apenas para o Metrô com 97%. Já o índice dado aos coletivos públicos foi de apenas 28%.
Segundo o presidente da Freta-SP, Geraldo da Silva Maia Filho, um ônibus fretado retira cerca de 20 a 30 carros particulares das vias. “Só no município de São Paulo, são 4,2 mil veículos cadastrados; na Grande SP, mais 8,2 mil, totalizando 12,4 mil circulando pelo Estado. Essa quantidade é muito próxima dos ônibus municipais”.
Fonte: www.semparar.com.br
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