Os custos do trânsito

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Com os congestionamentos, perdem as cidades, as empresas e os trabalhadores. No caso das organizações, a produtividade cai não apenas em função de atrasos na entrega de mercadorias ou na chegada de seus profissionais, mas em função dos impactos do trânsito na saúde de seus colaboradores. Doenças como diabetes, úlcera, aumento da pressão cardíaca, síndrome do cólon irritável, dermatite e redução da libido estão entre as possíveis consequências ao organismo desse estresse nas ruas e avenidas.

Um cálculo feito pelo IBGE mostrava que se o conjunto de trabalhadores brasileiros pudesse converter o tempo perdido no trânsito (levando em conta apenas 60 minutos a mais do normal entre o trajeto da casa do trabalhador e seu local de trabalho) em salário, haveria um acréscimo de cerca de R$ 1,77 bilhão a cada mês.

Foi realizado na capital paulista o Seminário Internacional: Mobilidade Corporativa e Cidades Sustentáveis, organizado por WRI Brasil, Banco Mundial e Embarq Brasil, que discutiu o papel do setor privado na mobilidade urbana sustentável de funcionários. Um dos assuntos tratados foi o Projeto Piloto de Mobilidade Corporativa, desenvolvido na região da Av. Berrini, em São Paulo, considerado um grande polo empresarial da cidade.

Dos colaboradores que vão dirigindo para o trabalho, 79% iriam de ônibus fretado. Desses: 72% iriam de ônibus fretado se tivessem mais de uma opção de horário; 38% iriam de ônibus fretado se alguém pagasse pelo serviço; 36% iriam de fretado se tivessem uma forma de voltar a casa em caso de emergência.

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