De acordo com o balanço de julho de 2015, o mais recente, do Denatran – Departamento Nacional de Trânsito, no Brasil existem registrados 585 mil 091 ônibus e 370 mil e 672 micro-ônibus. Agora, imagine se todos estes veículos, a grande maioria movida por diesel, estivessem ligados ao mesmo tempo. A poluição com certeza seria grande.
No entanto, o maior uso das termelétricas, que geram energia através de sistemas abastecidos por óleo diesel ou pela queima de carvão, emitiu o equivalente a todos os ônibus e micro-ônibus do País, como observou o engenheiro florestal, Tasso Azevedo, coordenador Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa – Seeg.
- Relatório com dados inéditos
Em agosto desse ano, o Seeg, que integra o Observatório do Clima, divulgou o relatório de emissões e, pela primeira vez fez as comparações entre as últimas quatro décadas. O maior uso das termelétricas está sendo necessário para contornar a crise hídrica que atinge o Brasil, não apenas São Paulo.
Foi a partir de 2013, que as termelétricas foram mais acionadas. E foi justamente nesta época que as emissões correspondentes ao setor de energia, que incluem transportes e energia elétrica, tiveram alta de 8%. A queda no desmatamento traz um cenário alentador, mas não pode ser analisada de forma separada, como fazem os Ministérios do Meio Ambiente e de Relações Exteriores.
Contando com as taxas de redução do desmatamento na Amazônia, houve queda nas emissões totais de emissão de gás carbônico. Mas tirando este fator e considerando o maior número de poluição das termelétricas e dos veículos, entre 1990 e 2013, o nível de gás carbônico lançado na atmosfera brasileira mais que dobrou.
Fonte: Blog Ponto de Ônibus